Os olhos das crianças são uma janela para elas descobrirem o mundo e viverem novas experiências conforme crescem. Por este motivo, a visão dos filhos pode ser uma grande preocupação dos pais conforme os anos passam.
É muito importante ressaltar que a potência de visão do olho humano se desenvolve ao redor dos 7 anos de idade, sendo muito importante tratar quaisquer doenças que prejudiquem ou limitem a evolução dos olhos das crianças.
Qual é a idade recomendada para levar seu filho ao oftalmologista pela primeira vez?
Recomenda-se que a primeira avaliação ocorra por volta do 1º ano de idade, quando o desenvolvimento visual está em fase fundamental. Nesse estágio, o oftalmologista pode identificar problemas como estrabismo e ambliopia, que, se tratados precocemente, podem evitar complicações futuras.
Após o 1º ano, sugerimos seguir com exames de rotina semestralmente até os 7 anos de vida e em seguida uma vez ao ano. Essa frequência é essencial para monitorar o desenvolvimento da visão e detectar possíveis problemas nos olhos das crianças precocemente.
Possíveis dificuldades que podem refletir na necessidade de correção de graus:
Dificuldade para enxergar objetos distantes
Esse sinal é um dos mais relevantes e frequentemente observados. Reconhecer esse sinal é fundamental, pois quanto mais cedo a dificuldade for identificada, mais cedo a criança pode receber a correção necessária, e aproveitar melhor seu desenvolvimento na vida.
Esforço excessivo para ler:
Se a criança demonstra esforço excessivo para ler, como se inclinar para frente ou apertar os olhos, isso é um sinal de alerta importante. Esse comportamento pode indicar problemas de visão que dificultam a leitura e a compreensão de textos. O esforço constante pode resultar em fadiga ocular, prejudicando não apenas o aprendizado, mas também a autoestima da criança.
Dores de cabeça:
Muitas vezes, essas dores estão relacionadas ao esforço visual excessivo, que ocorre quando a criança tenta compensar problemas de visão não corrigidos. Além de causar desconforto físico, as dores de cabeça podem interferir na concentração e no desempenho escolar.
Piscar ou esfregar os olhos com frequência:
Quando uma criança pisca ou esfrega os olhos com frequência, pode estar tentando aliviar uma sensação de irritação ou cansaço. Esse sinal não deve ser ignorado, pois pode sugerir a presença de problemas como secura ocular ou até mesmo condições refrativas que exigem correção com uso de óculos.
A genética influencia a necessidade de usar óculos?
Se um ou ambos os pais têm problemas de visão, as crianças têm maior probabilidade de apresentá-los também. Estudos mostram que condições como miopia, hipermetropia e astigmatismo podem ter um componente hereditário.
Isso significa que, se houver histórico familiar de problemas oculares, é ainda mais importante monitorar a visão da criança e ficar atento a qualquer sinal de dificuldade.
Porém, a hereditariedade não é o único fator a considerar. O ambiente e o estilo de vida também influenciam a saúde ocular. Crianças que passam muito tempo em atividades que exigem foco próximo, como leitura e uso de dispositivos eletrônicos, podem estar em risco, independentemente da genética.
Quais são os problemas mais comuns que exigem o uso de óculos em crianças?
Miopia
A miopia é uma condição em que a criança tem dificuldade para enxergar objetos distantes, enquanto a visão de perto permanece normal. Esse problema ocorre quando o globo ocular é mais longo do que o normal ou quando a curvatura da córnea é excessiva.
A miopia é comum em crianças e tende a se manifestar durante a fase escolar, quando o uso de visão próxima aumenta. Com o tempo, se não for corrigida, a miopia pode se agravar, afetando o desempenho acadêmico e social da criança.
Hipermetropia
A hipermetropia, por outro lado, é caracterizada pela dificuldade de enxergar objetos próximos, podendo causar visão embaçada à distância em alguns casos. Essa condição ocorre quando o globo ocular é mais curto ou a curvatura da córnea é muito baixa.
Crianças com hipermetropia podem apresentar sintomas como cansaço ocular e dificuldade para concentrar-se em atividades de perto, como ler ou escrever.
Astigmatismo
O astigmatismo resulta de uma curvatura irregular da córnea, causando visão embaçada em todas as distâncias. As crianças com astigmatismo podem ter dificuldade para enxergar claramente.
A condição pode ser identificada em exames oftalmológicos, e a correção com óculos é fundamental para melhorar a qualidade da visão e o desempenho da criança.
Estrabismo
O estrabismo é uma condição em que os olhos das crianças não estão alinhados corretamente, resultando em visão dupla ou dificuldades em focar em objetos. Ela pode estar presente desde o nascimento ou se desenvolver ao longo da infância.
O tratamento pode incluir o uso de óculos ou terapia ocular, dependendo da gravidade do caso.
Ambliopia
Também conhecida como “olho preguiçoso”, ocorre quando um dos olhos não se desenvolve adequadamente em termos de visão, muitas vezes devido a condições como estrabismo e/ou altos graus.
A ambliopia pode passar despercebida, mas pode ter um impacto significativo na visão da criança se não for tratada. A detecção precoce é importantíssima, pois o tratamento é mais eficaz quando iniciado bem cedo.
Conclusão
A saúde ocular das crianças é um aspecto essencial do seu desenvolvimento e bem-estar. Identificar os sinais que indicam a necessidade de consultar um oftalmologista é fundamental para garantir que qualquer problema seja tratado de forma adequada.
Ao prestar atenção aos comportamentos da criança e buscar orientação profissional, os pais podem contribuir significativamente para a saúde visual de seus filhos.
Você identificou algum dos sinais ditos aqui nesse texto, em seu(a) filho(a)? Entre em contato conosco e agende uma consulta! Vai ser um prazer atendê-los.